3 de março de 2014

A igreja "institucional”




Tenho acompanhado uma ferrenha discussão a respeito do modo em que se deva congregar a membresia cristã. A posição tradicional defende que o método de “igreja-institucional” não incorre em erro. Na outra ponta, a posição favorável á “igreja-orgânica” sustenta estar correta.

Ambas compõe um cenário onde debates emergem ás alturas de intrigas, de indisposições, de acusações e não menos, a fala aleivosa é direcionada em via de mão dupla e, desse tiroteio de dissertações teológica usada para defesa por ambas, o fogo cruzado promove um espetáculo de solicitude e parcialidade.

Em minha opinião, ambas as posições absorvem erros, mas, todavia, a posição tradicional ocupa sólida a base da credibilidade. Alguns erros são evidenciados pelos excessos e já outros são inadmissíveis por suster-se no dorso de heresia.

Em primeira instância, analiso a posição de igreja-institucional e não vejo, por esta forma de congregar, algo que denuncie fraude. Por razões de alojar determinada quantidade de pessoas e toda uma infraestrutura que os acomode, creio que foi vista e aceita a necessidade de se construir em espaços, “templos” (nomenclaturalmente falando) que otimiza agrupar e servir nas demandas correspondentes da membresia.

Sem generalizar, listo alguns erros da igreja-institucional, que a meu ver são num todo prejudiciais.

A não capacitação do ministério pastoral por meio de cursos teológicos.

A) Essa desqualificação implica direta e desfavoravelmente ao passo de comprometer o ensino das escrituras. Não menos, interfere contra a qualidade de fé e na expressão de vida cristã.

B) Promove interpretações errôneas - como é o caso dos que navegam na orientação neoliberal- e distantes de seus reais significados, além de conduzir simultaneamente a membresia que negligencia Atos 17:11, para entendimentos e comportamentos espiritualista, relativista e tão esdrúxulo quanto temos visto.

C) Contraria os dez princípios recomendados na carta aos Efésios 4:12-16 e em razão disto é que presenciamos a anulação, o despreparo, as contradições e as tantas mais situações que massacram a edificação em amor e inflige contra a fiel propagação do Reino de Deus.

Outro aspecto que censuro –já que se denominam protestantes- é a não observação e a não prática dos cinco Solas, quais são pilares da reforma protestante, mas que atualmente, a importância do emprego de seus valores é omitida na litúrgica das denominações e pouco percebível na vida da maioria que professa serem de orientação de fé “protestante”.

Infelizmente, a igreja-institucional vicia-se em erros como é o caso da colossal proporção financeira que algumas denominações gastam para que suas edificações (Placas denominacionais) mais sejam vistas como símbolos de opulência e de ostentação do que locais onde a promoção Espiritual e humana sejam notórias como via de prioridade. Essa postura evidencia o contraste de igreja pobre como era a de Esmirna, mas que era rica Espiritualmente, enquanto que a igreja de Laodicéia gabava-se de ser rica, mas era pobre Espiritualmente e tida por Jesus como uma igreja infeliz, miserável, pobre, cega e nu.

A meu ver, eximem o entendimento quanto à religião pura e imaculada para com Deus, e por não guardarem da corrupção do mundo é que presenciamos tantos escândalos, os quais fomentam a razão de tanta recusa das pessoas ao aceitarem a obra Salvífica e o Senhorio na Pessoa do Senhor Jesus Cristo.

Se, se por um lado a igreja-institucional passa por crise de identidade e tem seu núcleo constantemente bombardeado em razão de ventos de doutrinas e devido às ações de homens inescrupulosos que dela apenas extraem toda sorte de proveito próprio, ressalta-se que felizmente não há como enquadra-la de modo geral neste panorama de patifarias que se instala abertamente.

Para louvor e glória de Deus, presenciamos denominações expressivas e não “expressivas” quais comportam ainda a sã doutrina e velam pela qualidade de evangelho anunciado e muito mais tarimbado na vida de pessoas realmente compromissadas em Cristo.

R. Matos.

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